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Metamorfismo de rochas sedimentares pelíticas.
Quebra Pedras
BLOG DEDICADO A ALUNOS DE GEOLOGIA
sábado, 11 de novembro de 2017
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
METAMORFISMO DE ROCHAS CARBONÁTICAS, CALCIOSSILICÁTICAS E MARGAS
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Metamorfismo de rochas carbonáticas, calciossilicáticas e margas.
Metamorfismo de rochas carbonáticas, calciossilicáticas e margas.
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
PETROLOGIA METAMÓRFICA - PROF. MANFREDO WINGE
Colocamos à disposição neste blog o excelente trabalho de Petrologia Metamórfica do Prof. Manfredo Winge, do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília.
Para acessar o trabalho, clique em Petrologia Metamórfica.
Para acessar o trabalho, clique em Petrologia Metamórfica.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
METAMORFISMO REGIONAL OU DINAMOTERMAL
O metamorfismo regional é aquele que ocorre em grandes áreas da crosta, particularmente associado à tectônica de placas convergentes. A maioria das rochas metamorfizadas regionalmente ocorre em áreas que foram submetidas a deformação durante um evento orogênico, resultando em cadeias de montanhas que posteriormente foram erodidas, expondo assim as rochas metamórficas.
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Metamorfismo Regional ou Dinamotermal.
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Metamorfismo Regional ou Dinamotermal.
sexta-feira, 6 de outubro de 2017
METAMORFISMO DE IMPACTO (CHOQUE)
Os impactos dos meteoritos estão
recebendo muita atenção nos dias de hoje. O público os considera como o
destruidor de dinossauros e como o possível destruidor da civilização. A grande
comunidade de ciência planetária vê impactos como o processo que ajudou a
formar o sistema solar e ainda está modificando planetas, mais de 4 B.a. depois de formados.
Um número crescente de geocientistas vem apreciando a importância dos eventos
de impacto de meteorito e a extensão de sua influência na história geológica e
biológica da Terra, com vários eventos de extinção brusca de espécies.
Para acessar o conteúdo, clique em:
Metamorfismo de impacto (choque).
quinta-feira, 21 de setembro de 2017
METAMORFISMO CATACLÁSTICO
A trituração das rochas à medida
que se deslocam ao longo de uma falha ativa pulveriza-as; daí o termo
metamorfismo cataclástico (cata - para catastrófico e clástico - para
fragmentação). As rochas que experimentam metamorfismo cataclástico são
submetidas a condições súbitas de alta pressão e baixa temperatura, resultando
em uma mudança na textura da rocha original. Nas falhas profundas, o movimento continuado das rochas levará à formação de dois tipos distintos de rochas metamórficas: as rochas da série cataclástica, nas porções mais superficiais da crosta, e as rochas miloníticas, nas partes mais profundas, de temperaturas mais elevadas. Uma vez que o
metamorfismo cataclástico ocorre onde as rochas movimentam-se umas sobre as
outras na falha, é uma característica comum ao longo da maioria dos limites das
placas, onde elas se interagem, gerando tensões tremendas e
movimentos resultantes na crosta.
Para acessar o conteúdo desta matéria, clique em Metamorfismo Cataclástico.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
METAMORFISMO DE CONTATO
Para acessar o conteúdo desta matéria, clique em Metamorfismo de Contato.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
PARAGÊNESES MINERAIS NAS ROCHAS METAMÓRFICAS
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
TEXTURA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
sábado, 19 de agosto de 2017
TECTÔNICA DE PLACAS
"Este mundo curioso que habitamos é mais maravilhoso do que conveniente; mais bonito do que útil; é mais para ser admirado e apreciado do que usado."
Henry David Thoreau
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
METAMORFISMO E PROCESSOS METAMÓRFICOS
Para ver o conteúdo, clique em Metamorfismo e Processos Metamórficos.
domingo, 18 de junho de 2017
SONDAGEM EM GEOLOGIA
Grande parte dos geólogos terá trabalhado com sondagens durante sua vida profissional. Portanto, ter noção dos diferentes tipos e aplicações da sondagem é fundamental para a boa qualidade do seu trabalho.
O texto que poderá ser acessado aqui servirá de base para o Exercício Avaliativo 6, a ser aplicado em 21 de junho.
Para acessá-lo, clique em Sondagem em Geologia.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
AMOSTRAGEM GEOLÓGICA
A amostragem é uma das atividades mais corriqueiras na geologia, pois é parte integrante da investigação preliminar, mapeamento geológico, prospecção, desenvolvimento e exploração de jazimentos minerais, geologia ambiental, geotécnica etc. Portanto, a menos que o geólogo trabalhe em administração pública ou empresarial, ele terá que estar preparado para bem executar um ou mais dos diferentes tipos e métodos de amostragem. Diante de uma entrevista para ocupar uma vaga de geólogo, você deverá mostrar que conhece as técnicas e está apto a desenvolver um programa de amostragem. É também importante lembrar que, ao fazer um trabalho de campo, o geólogo somente levará de volta consigo os seus registros e suas amostras: eles são o testemunho do seu trabalho.
Vale a pena ter bons conhecimentos em amostragem!
Para conhecer sobre este assunto, clique em Amostragem Geológica.
quarta-feira, 31 de maio de 2017
REGISTRO DE FEIÇÕES DE ROCHAS METAMÓRFICAS
As rochas metamórficas têm grande importância na geologia porque elas registram a evolução tectônica de um cinturão metamórfico, muitas vezes com vários eventos de deformação. São elas, portanto, que nos fornecem a maior parte das informações sobre os ambientes profundos e os processos deformacionais associados ao fechamento de bacias de sedimentação. Afora isto, grande variedade de depósitos minerais de interesse econômico estão associadas ao metamorfismo; assim, o estudo das rochas metamórficas são fundamentais na pesquisa e exploração de recursos minerais.
Para acessar o texto referente a este assunto, clique em Registro de feições de rochas metamórficas.
terça-feira, 30 de maio de 2017
REGISTROS DE INFORMAÇÕES ESTRUTURAIS
A medição de estruturas rochosas é parte fundamental do mapeamento geológico, que possibilita a visão não apenas da distribuição das diferentes litologia, mas também seus comportamentos e relações abaixo da superfície. Ela fornece
informações sobre como e por que a crosta superior se deforma em situações
particulares, especificamente a orientação das tensões regionais e locais e a
direção do movimento das falhas. Esses dados nos ajudam a entender o porquê,
como e onde ocorrem terremotos; entender os sistemas de fratura também é
crítico na exploração eficiente de recursos de petróleo, gás, carvão e
minerais; as estruturas rochosas fornecem não só desafios, mas também
oportunidades (como armadilhas de hidrocarbonetos). O movimento de fluidos
através da crosta superior é fortemente influenciado por fraturas, de modo que
a geologia estrutural desempenha um papel crucial em uma ampla gama de campos
relacionados, incluindo estudos de águas subterrâneas, controle de poluição,
esquemas geotérmicos e seqüestro e armazenamento de dióxido de carbono. Os
principais empreendimentos de engenharia (por exemplo, represas, barragens,
autoestradas, túneis) são literalmente baseados em geologia estrutural.
Suas atividades profissionais como geólogo podem ser muito diferenciadas, de maneira que é provável que você se deparará com a necessidade de medir, registrar e interpretar dados estruturais em sua carreira. O material aqui disponível com certeza poderá lhe ajudar nessa tarefa, porque é baseado em experiências de campo e indica as pistas que você poderá seguir para identificar e registrar as diferentes feições estruturais, transformando-as em informações precisas e úteis.
Para acessar o conteúdo, clique em Registros de Informações Estruturais.
segunda-feira, 29 de maio de 2017
REGISTRO DE FEIÇÕES DE ROCHAS SEDIMENTARES
Este texto, traduzido livremente do livro de Angela Coen (Geological Field Techniques), me parece ser o que há de melhor no assunto de descrição de rocha. Veja a descrição pormenorizada dos procedimentos de descrição, reconhecimento e registros
de depósitos e estruturas sedimentares.
Clique em Registro de feições de rochas sedimentares.
Clique em Registro de feições de rochas sedimentares.
domingo, 28 de maio de 2017
MÉTODOS DE MAPEAMENTO GEOLÓGICO
Os métodos de mapeamento geológico são diversos, cada um deles apropriado às características do terreno e à escala de mapeamento, principalmente. Geralmente, durante um mapeamento geológico são utilizados mais de um método.
O texto aqui apresentado mostra os principais métodos. Para estudá-los, clique em Métodos de mapeamento geológico.
terça-feira, 16 de maio de 2017
Chuva de rochas tenta explicar formação da crosta da Terra
Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/05/2017
A teoria do impacto que criou a Lua tem sido alvo intenso de questionamentos nos últimos anos. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Chuva de silício
A teoria convencional, com a qual concorda a maioria dos cientistas, afirma que todos os ingredientes da crosta da Terra foram formados por atividade vulcânica.
Ocorre que mais de 90% da crosta continental da Terra atual é composta por minerais ricos em sílica, como feldspato e quartzo - e não de minerais vulcânicos.
De onde então veio esse material rico em sílica?
Don Baker e Kassandra Sofonio, da Universidade McGill, no Canadá, elaboraram uma nova teoria para tentar sair desse dilema: a dupla propõe que alguns dos componentes químicos da crosta depositaram-se na superfície da Terra a partir de uma atmosfera fumegante que teria prevalecido na época: uma autêntica chuva de silício.
Como açúcar no café
Primeiro, um pouco da teoria sobre a geoquímica da Terra primitiva: Os cientistas acreditam que um planetoide do tamanho de Marte atingiu a proto-Terra há cerca de 4,5 bilhões de anos, derretendo a Terra e transformando-a em um oceano de magma. Na esteira desse impacto - que também teria criado detritos suficientes para formar a Lua - a superfície da Terra foi gradualmente se resfriando, até ficar mais ou menos sólida.
A nova teoria proposta agora - assim como a convencional, presente nos livros-texto atuais - baseia-se nessa premissa.
Não é só a crosta da Terra que representa uma pedra no sapato dos cientistas: Ninguém sabe ao certo como a água surgiu na Terra. [Imagem: NASA]
A atmosfera que se seguiu a essa colisão teria consistido em vapor de alta temperatura, suficiente para dissolver as rochas na superfície - "muito parecido com a forma como o açúcar é dissolvido no café," exemplifica Baker. Estes minerais silicatos dissolvidos teriam então subido para a atmosfera superior, onde esfriaram e então começaram a se separar e cair de volta na Terra - uma chuva de silicatos.
Metassomatismo aéreo
Para testar a teoria, Kassandra passou meses desenvolvendo uma série de experimentos de laboratório projetados para imitar as condições de vapor na Terra primitiva. Ela aqueceu uma mistura de silicatos terrosos e água a 1.550º C, depois triturou tudo para formar um pó. Pequenas quantidades do pó, juntamente com água, foram então colocadas dentro de cápsulas feitas de uma liga de paládio e ouro, colocadas em um vaso de pressão e aquecidas a cerca de 727º C e 100 vezes a pressão atmosférica terrestre atual, para simular as condições na atmosfera terrestre cerca de 1 milhão de anos após o eventual impacto.
"Ficamos surpresos com a semelhança do material de silicato dissolvido produzido pelos experimentos com o encontrado na crosta terrestre," disse Baker.
A dupla batizou sua nova teoria de "metassomatismo aéreo", um termo cunhado por Kassandra para descrever o processo pelo qual os minerais de sílica se condensaram e caíram de volta na superfície ao longo de cerca de um milhão de anos, produzindo alguns dos primeiros espécimes de rocha conhecidos hoje.
Bibliografia:
A metasomatic mechanism for the formation of Earth's earliest evolved crust
Don R. Baker, Kassandra Sofonio
Earth and Planetary Science Letters
Vol.: 463, 1 April 2017, Pages 48-55
DOI: 10.1016/j.epsl.2017.01.022
A metasomatic mechanism for the formation of Earth's earliest evolved crust
Don R. Baker, Kassandra Sofonio
Earth and Planetary Science Letters
Vol.: 463, 1 April 2017, Pages 48-55
DOI: 10.1016/j.epsl.2017.01.022
quarta-feira, 3 de maio de 2017
SEÇÃO GEOLÓGICA E O PROBLEMA DOS 3 PONTOS
O Problema dos 3 Pontos é uma ferramenta que utiliza conceitos básicos de geologia para solucionar questões envolvendo interpretação de mapas geológicos e elaboração de seções geológicas. Desta maneira, é muito útil em prospecção mineral, cubagem e desenvolvimento de jazidas e até mesmo em lavra mineral. É uma metodologia simples, mas que deve seguir rigorosamente os passos que levam à solução correta.
A seguir, vamos acompanhar o passo-a-passo da solução de um exercício envolvendo Seção Geológia e o Problema dos 3 Pontos. Esse exercício foi ligeiramente modificado a partir do original (Exercício 7) proposto no livro Introdução à Interpretação de Mapas Geológicos, do professor Carlos Marcelo Lôbo Maranhão, Editora da Universidade Federal do Ceará.
Exercício 7 - No mapa a seguir, existe uma camada de carvão com 2 m de espessura, que aflora nos pontos A, B e C. Pede-se:
- traçar a linha de afloramento da camada de carvão;
- elaborar a seção geológica X-Y;
- determinar a profundidade desta camada no ponto D;
- uma sondagem vertical no ponto D demonstrou a existência de uma outra camada de carvão 100 m mais profunda que a primeira. Esta segunda camada aflora neste mapa? Em caso positivo, trace a linha de afloramento.
Antes de iniciar a solução do exercício, observe que no mapa existem dois vales (talvegues e suas encostas) separados por uma elevação central, de orientação NW.
SOLUÇÃO:
PASSO 1 - Cálculo da direção da camada: fecha-se o triângulo ABC. As cotas máxima e mínima são B e A, respectivamente, e a cota C é a de valor intermediário. O lado AB do triângulo é dividido ao meio, de maneira que o ponto central é de cota 300 m; a parir daí, une-se este ponto ao ponto C. Esta reta é a horizontal de camada (ou linha de contorno estrutural) de valor 300 m, o que em geologia é a própria direção da camada. Podemos então medir a direção de camada através desta linha, que, neste caso, forneceu o valor N55E.
PASSO 2 - Contorno estutural: traçam-se as linhas de contorno estrutural (CE) para cada curva de nível (CN) e assinalam-se os pontos de interseção entre a CE e a CN correspondente.
PASSO 3 - Traço do afloramento da camada: unem-se os pontos de interseção, surgindo, então, a linha de afloramento da camada de carvão. observe que a linha de afloramento da camada de carvão aparece em ambas as vertentes dos vales.
PASSO 3 - Traço do afloramento da camada: unem-se os pontos de interseção, surgindo, então, a linha de afloramento da camada de carvão. observe que a linha de afloramento da camada de carvão aparece em ambas as vertentes dos vales.
PASSO 4 - Cálculo do Mergulho: o mergulho da camada pode ser medido graficamente, quando a escala vertical não tem exagero.
Para fazer o cálculo matemático, mede-se o espaçamento entre os contornos estruturais (horizontais de camada), medido em metros na escala do mapa. Como a diferença de cota entre os contornos estruturais é de 50 m, usa-se a fórmula tg α = 50 / 736 . O resultado, neste caso, é tg α = 0,068, que equivale a α = ±4º.
Agora você poderá escrever a atitude da camada: N55E, 4SE.
PASSO 5 - Elaboração do perfil topográfico e lançamento da geologia:
Se o seu perfil topográfico tiver escala vertical exagerada em relação à escala horizontal, você precisará fazer correção do mergulho das camadas utilizando um ábaco. Lembre-se que, neste caso, o mergulho verdadeiro é 4º SE
Como na seção geológica que vamos aqui utilizar a escala foi exagerada 4 vezes, utiliza-se o ábaco, como na figura acima, para calcular o mergulho aparente. A linha vermelha indica que o mergulho aparente, neste caso, será de 15º.
Outra maneira de obter o mergulho aparente, para qualquer escala vertical utilizada, é fazer a projeção dos contornos estruturais (CE). como visto na figura abaixo: ligam-se os pontos projetado na cota correspondente de cada contorno estrutural, obtendo-se o traço da camada.
O furo D foi locado fora do perfil e deve ser levado para dentro do perfil na direção da camada. Medindo-se através da escala vertical, verifica-se que ele cortará a primeira camada de carvão a aproximadamente 66,7 m de profundidade, e a segunda camada de carvão a 166,7 m de profundidade.
Para responder se a segundo camada de carvão aflora no mapa, basta observar a seção geológica, a qual mostra que ela aflora no extremo sudeste da seção.
Como na seção geológica que vamos aqui utilizar a escala foi exagerada 4 vezes, utiliza-se o ábaco, como na figura acima, para calcular o mergulho aparente. A linha vermelha indica que o mergulho aparente, neste caso, será de 15º.
Outra maneira de obter o mergulho aparente, para qualquer escala vertical utilizada, é fazer a projeção dos contornos estruturais (CE). como visto na figura abaixo: ligam-se os pontos projetado na cota correspondente de cada contorno estrutural, obtendo-se o traço da camada.
O furo D foi locado fora do perfil e deve ser levado para dentro do perfil na direção da camada. Medindo-se através da escala vertical, verifica-se que ele cortará a primeira camada de carvão a aproximadamente 66,7 m de profundidade, e a segunda camada de carvão a 166,7 m de profundidade.
Para responder se a segundo camada de carvão aflora no mapa, basta observar a seção geológica, a qual mostra que ela aflora no extremo sudeste da seção.
segunda-feira, 1 de maio de 2017
A SEÇÃO GEOLÓGICA
As seções geológicas são
ferramentas fundamentais para se descrever as estruturas geológicas de uma
determinada região. Podem também ser utilizadas como base de informações,
quando se está estudando a história tectônica, os recursos potenciais de uma
região ou até mesmo no estudo e na exploração de depósitos minerais e de
petróleo.. As seções geológicas são úteis para geólogos, engenheiros de minas,
engenheiros ambientais etc.,
As seções geológicas nos fornecem
a visualização daquilo que existe abaixo da superfície da Terra, a partir de
mapas geológicos. Se esses mapas vierem acompanhados da planialtimetria (curvas
de nível) e boa quantidade e qualidade
de dados geológicos e topográficos, a seção geológica poderá representar de
maneira precisa a realidade da área, desde que os mapas sejam corretamente
interpretados.
Regras para a elaboração da seção geológica
A secção geológica em um mapa é a
representação das informações através de um plano vertical. Ao elaborá-la, siga
as seguintes regras:
1. Localize-a
o mais perpendicular possível à direção das camadas.
2. Ela
deve cortar o maior número de camadas ou estruturas geológicas existentes.
3. Na
escala vertical são colocadas as diferentes elevações possíveis; sempre utilize
cotas cheias e a intervalos regulares.
4. Identifique
as escalas vertical e horizontal adotadas.
5. As
litologias presentes em uma seção devem estar representadas pelas suas
respectivas simbologias; utilize a mesma simbologia adotada no mapa geológico
em que se insere a seção.
1
Observe que na construção da
secção a representação dos dados geológicos (contatos, litologias) não foi até
a base da seção; isto deve ser feito para evidenciar que a precisão da seção
geológica diminui em profundidade.)
6. A
simbologia deve acompanhar a estrutura geológica interpretada.
7. As
interpretações geológicas também devem ser feitas, sempre que possível, acima
da linha do perfil topográfico.
8. Os
diversos tipos de contatos geológicos, falhamentos, entre outros, devem ser representados na secção tal como estão
definidos no mapa.
O mergulho de camada em uma seção geológica
O mergulho de uma camada é o
ângulo de máxima declividade da mesma, medido em um plano vertical perpendicular
à sua direção.
![]() |
Direção e mergulho de camada |
Quando inserimos essa informação
em um mapa geológico, devemos lembrar que este ângulo de mergulho é denominado
de verdadeiro (mergulho obtido com a
bússola de geólogo).
Se a secção geológica apresentada
for perpendicular à direção das camadas, os mergulhos podem ser utilizados nesta
secção tal como aparecem no mapa. Quando a secção não for perpendicular à
direção das camadas, o ângulo de mergulho a ser usado nessa secção será sempre
menor que o verdadeiro e é denominado de mergulho aparente.
O valor do ângulo de mergulho aparente é sempre menor que o do mergulho
verdadeiro, porque o mergulho verdadeiro representa o ângulo entre a reta
de maior declive do plano de mergulho e o plano horizontal. Portanto, o ângulo
de mergulho verdadeiro é observado numa seção perpendicular à direção de
camada, isto é, onde o mergulho é máximo. Por outro lado, quanto mais a seção
se aproximar da direção de camada, menor será o ângulo de mergulho observado, e
ele atingirá o valor 0º (zero grau) se a seção estiver paralela à direção de
camada. Isto significa que, mesmo que a camada seja inclinada, ela aparecerá
horizontal se a seção geológica for paralela à direção de camada.
A aplicação mais importante de
determinação do ângulo de mergulho aparente será na construção de seções
verticais geológicas. Paredes de túneis (geologia de engenharia, engenharia de
minas, engenharia civil), bancadas de mineração a céu aberto e pedreiras (geológica
econômica, engenharia de minas, engenharia civil), paredes de escarpas, canyons e vales profundos (mapeamento
geológico), são alguns exemplos de seções verticais onde se pode observar tipos
litológicos e feições estruturais. Essas seções verticais, e mesmo aquelas de
mapas geológicos, nem sempre se dispõem perpendicularmente às direções dos
planos estruturais (contatos, camadas etc.) Assim, o ângulo de mergulho do
traço destes planos vistos nessas seções é aparente.
Quanto menor for o ângulo entre a
seção e a direção de um plano estrutural, menor será seu ângulo de mergulho
aparente e maior será a diferença entre os valores de mergulho verdadeiro e
aparente. Por outro lado, quanto maior for o ângulo entre a seção e a direção,
maior será o valor do ângulo de mergulho aparente e menor será a diferença
entre os mergulhos verdadeiro e aparente.
1.
Na parte superior do mapa geológico, a secção é
perpendicular à direção das camadas, conseqüentemente, o mergulho a ser
representado na secção será igual a 50°, ou seja, não necessita correção.
2.
Na parte inferior do mapa geológico, a secção
não é perpendicular à direção das camadas, portanto, o mergulho a ser utilizado
na secção será menor (mergulho aparente).
Cálculo do mergulho aparente
Um dos procedimentos mais fáceis
para encontrar ângulos de mergulho aparente é através da tabela de alinhamento (figura
abaixo).
A tabela de alinhamento é constituída por três colunas graduadas,
representando valores de 0º a 90º para ângulos entre a direção do mergulho
aparente e a direção do plano em consideração, ângulos de mergulho verdadeiro e
ângulos de mergulho aparente.
![]() |
Tabela de alinhamento (Loczy e Ladeira, 1976) |
Assim:
1.
Marque os valores dos ângulos obtidos nos locais
apropriados.
2.
Una os pontos por uma linha reta.
3.
Leia o valor do ângulo na interseção da reta com
a coluna de mergulho aparente (geralmente é a do meio).
Para facilitar a correção do
valor do ângulo de mergulho verdadeiro em mergulho aparente (a ser usado na
secção), podemos também utilizar o normograma
para cálculo de mergulhos aparentes.
![]() |
Normograma para obtenção de ângulo de mergulho aparente |
Utilizando o normograma (Loczy e
Ladeira, 1976) para obtenção de ângulo de mergulho aparente: uma por uma linha
reta os pontos representando o ângulo entre a direção do mergulho aparente e a
direção de camada e o ângulo de mergulho verdadeiro. O ângulo de mergulho
aparente é lido no ponto em que a reta intercepta a coluna de ângulo de
mergulho aparente.
Veja o seguinte exemplo:
Considere uma sucessão sedimentar
constituída por intercalações de carvão e pelitos, cuja atitude é 0º/20ºE. Qual
será o ângulo de mergulho aparente das camadas quando aflorarem numa escarpa
vertical orientada N45ºW?
Pelo exposto, tem-se os seguintes
dados: ângulo de mergulho verdadeiro = 20º; ângulo entre a direção do mergulho
aparente (direção da escarpa vertical) e a direção da camada de carvão = 45º.
Utilizando a tabela de
alinhamento, a reta que une os valores angulares citados intercepta a coluna de
mergulho aparente em 14º, aproximadamente. Assim, a camada de carvão (bem como
toda a sucessão sedimentar) apresentará um ângulo de mergulho aparente de 14º
na escarpa vertical.
Diagrama para correção de ângulos
de mergulho versus escala vertical
Embora o padrão corrente em
seções geológicas estruturais seja a escala vertical ser igual à escala
horizontal, ou seja, a mesma do mapa geológico, muitas vezes há de se querer
ampliar a escala vertical (p.e., mostrar detalhes da topografia e/ou camadas
muito delgadas). Exceto para camadas horizontais, o aumento da escala vertical faz com que ocorra um acréscimo no valor dos
ângulos do declive topográfico e de mergulho. Para se determinar os ângulos
a serem usados na seção geológica, utiliza-se o transferidor de mergulhos
proporcionais.
O princípio de construção está
disponível em Loczy e Ladeira, páginas 477-478.
Este texto foi extraído de:
LOCZY, Louis e LADEIRA, Eduardo A. Geologia estrutural e
introdução à geotectônica. São Paulo : Editora Blucher, 1976.
MARANHÃO, Carlos Marcelo Lôbo. Introdução à interpretação de mapas geológicos. Fortaleza ; Universidade Federal do Ceará, 1995.
PACIULLO, Fábio Vito Pentagna. Atitudes de planos e linhas. Obtido em: http://www.passeidireto.com/arquivo/2710842/4---atitude-de-planos-e-linhas
quarta-feira, 26 de abril de 2017
RELAÇÃO ENTRE A ATITUDE DE CAMADA E A TOPOGRAFIA
A foma como uma camada aparece em um mapa geológico pode variar, dependendo do modelado da superfície e da forma e atitude da camada.
No caso de uma camada tabular e de uma superfície plana, a camada aparecerá de forma também tabular, com limites retos, variando, apenas, sua espessura de afloramento em função, unicamente, da intensidade do seu mergulho (fig. 1.22 ).
No caso de uma superfície irregular, podem-se ter as situações mais variadas possíveis.
Ao se imaginar o modelado de um curso d’água atravessando uma planície, formar-se-á um vale com um gradiente de inclinação para jusante do riacho. Variando-se a atitude de uma camada tabular desde a verticalidade até a horizontalidade, a representação cartográfica desta camada em relação às curvas de nível é denominada, comumente, de regra dos V e pode ter os seguintes aspectos:
a) para camadas verticais, os seus contatos (topo e base) serão, independente do relevo, linhas retas que cortam as curvas de nível. A espessura de afloramento será igual à espessura verdadeira da camada (fig. 1.23);
b) se a camada é horizontal, seus contatos serão paralelos às curvas de nível. A espessura de afloramento vai depender da espessura da camada, do gradiente do curso d’água e das encostas do vale (fig. 1.24).
c) se a camada mergulha no sentido da montante do curso d’água, seus contatos descreverão uma linha curva cuja convexidade apontará para o sentido do mergulho da camada (fig. 1.25).
d) se a camada mergulha para jusante do riacho, pode-se ter duas situações:
a. se a camada possui ângulo de mergulho mais forte que o gradiente do curso d’água, seus contatos descreverão uma linha curva cuja convexidade apontará no sentido do mergulho da camada (fig. 1.26);
b. se a camada possui ângulo de mergulho mais suave que o gradiente do curso d’água, seus contatos descreverão uma linha curva cuja convexidade apontará em sentido contrário ao mergulho da camada (fig. 1.27).
Texto extraído de: MARANHÃO, Carlos Lôbo. Introdução à interpretação de mapas geológicos. Fortaleza, CE: UFC, 1995. 131 p. ISBN 857282010-8.
SÍMBOLOS UTILIZADOS EM MAPAS GEOLÓGICOS
O PROBLEMA DOS TRÊS PONTOS
O problema dos 3 pontos constitui uma técnica bastante útil na resolução de diversos problemas de geologia estrutural.
Suponha que seja necessário se determinar a atitude de uma camada geológica e suas linhas de afloramento em um mapa com curvas de nível. Será necessário que se conheça as cotas de, pelo menos, 3 pontos diferentes.
Consideremos os pontos A, B e C na Figura 39, os quais estão em cotas conhecidas (400m, 300m e 200m, respectivamente).
Fecha-se o triângulo através dos 3 pontos e encontra-se a posição da cota de valor intermediário na linha que une os pontos de maior valor de cota com o de menor cota. No caso do exemplo da Figura 39, encontra-se a linha de contorno estrutural de valor de cota igual a 300m. Passa-se, então, paralelas por essa linha para que sejam encontradas as linhas de contorno estrutural de valores 200m e 400m,
Para se obter o mergulho dessa superfície procede-se da mesma forma explicada na postagem sobre cálculo de mergulho de camada (veja neste blog). Ele pode ser obtido gráfica ou analiticamente.
Para se encontrar os pontos em que essa superfície aflora ao longo de todo o mapa, deve-se encontrar todos os pontos em que a linha de contorno estrutural encontra curvas de nível de mesmo valor de cota..
A Figura 40 exemplifica esse método. Nela, as linhas pretas representam curvas de nível, as linhas azuis se referem às linhas de contorno estrutural para uma determinada superfície. A linha vermelha mostra o afloramento da superfície e foi obtida unindo-se os pontos em que curvas de nível e linhas de contorno estrutural apresentam os mesmos valores de cotas.
![]() |
Fig. 40 - Esquema de obtenção da linha de afloramento de uma superfície pelo problema dos 3 pontos.
|
Texto extraído de: MATTA, Milton. Geologia estrutural prática. Belém : Universidade Federal do Pará. Departamento de Geologia, Apostila.
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