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quarta-feira, 26 de abril de 2017

RELAÇÃO ENTRE A ATITUDE DE CAMADA E A TOPOGRAFIA

A foma como uma camada aparece em um mapa geológico pode variar, dependendo do modelado da superfície e da forma e atitude da camada.

 No caso de uma camada tabular e de uma superfície plana, a camada aparecerá de forma também tabular, com limites retos, variando, apenas, sua espessura de afloramento em função, unicamente, da intensidade do seu mergulho (fig. 1.22 ).

No caso de uma superfície irregular, podem-se ter as situações mais variadas possíveis.
Ao se imaginar o modelado de um curso d’água atravessando uma planície, formar-se-á um vale com um gradiente de inclinação para jusante do riacho. Variando-se a atitude de uma camada tabular desde a verticalidade até a horizontalidade, a representação cartográfica desta camada em relação às curvas de nível é denominada, comumente, de regra dos V e pode ter os seguintes aspectos:
a)    para camadas verticais, os seus contatos (topo e base) serão, independente do relevo, linhas retas que cortam as curvas de nível. A espessura de afloramento será igual à espessura verdadeira da camada (fig. 1.23);

b)    se a camada é horizontal, seus contatos serão paralelos às curvas de nível. A espessura de afloramento vai depender da espessura da camada, do gradiente do curso d’água e das encostas do vale (fig. 1.24).
c)    se a camada mergulha no sentido da montante do curso d’água, seus contatos descreverão uma linha curva cuja convexidade apontará para o sentido do mergulho da camada (fig. 1.25).

d)    se a camada mergulha para jusante do riacho, pode-se ter duas situações:

a.    se a camada possui ângulo de mergulho mais forte que o gradiente do curso d’água, seus contatos descreverão uma linha curva cuja convexidade apontará no sentido do mergulho da camada (fig. 1.26);
b.    se a camada possui ângulo de mergulho mais suave que o gradiente do curso d’água, seus contatos descreverão uma linha curva cuja convexidade apontará em sentido contrário ao mergulho da camada (fig. 1.27).

  


  









Texto extraído de: MARANHÃO, Carlos Lôbo. Introdução à interpretação de mapas geológicosFortaleza, CE: UFC, 1995. 131 p. ISBN 857282010-8.

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